No lado direito da imagem, através do torii, pode-se ver o Kumano Gongen (atualmente o santuário Kasado Jinja). Entre os viajantes retratados, destaca-se um peregrino do templo Konpira carregando uma máscara de tengu nas costas. O texto na ilustração erroneamente menciona “Shirashimazuka”, mas entre Ishiyakushi e Shōno há a lendária Shiratorizuka (também chamada Hiyodorizuka), que, segundo a tradição, é o local onde Yamato Takeru faleceu e se transformou em um pássaro branco. Também está presente o Onzōshi-sha, santuário dedicado a Minamoto no Noriyori, irmão de Minamoto no Yoritomo.

Esta é a única cena com paisagem de neve da série. Marigahara, uma área de campo aberta a oeste de Ishiyakushi, também era conhecida como Marigano. Em primeiro plano está a vila de Kokubu, onde se encontram as ruínas do templo Ise Kokubun-ji, construído por ordem do Imperador Shōmu.

A pintura representa a área portuária da cidade de Yokkaichi, onde os mastros dos barcos ancorados são visíveis ao fundo. As cerejeiras em plena floração no centro da imagem são destacadas com um tom vibrante de vermelho, característico do ukiyo-e da Era Meiji.

Esta imagem retrata o cais do lado de Kuwana, da rota marítima “Kaijō Shichiri no Watashi”, que conectava os pontos de parada de Miyajuku e Kuwana. A coluna parcialmente visível à direita da imagem é o Ise no Kuni Ichi no Torii, o maior portão sagrado de Ise, que marcava a entrada na província de Ise para os viajantes vindos do leste pela estrada de Tōkaidō. Esse torii ainda é reconstruído a cada vinte anos durante o Shikinen Sengū. No meio da imagem, pode-se ver o Castelo de Kuwana.

Miya e Kuwana estavam conectadas por uma rota marítima chamada “Shichiri no Watashi”, que era frequentada tanto por viajantes da estrada de Tōkaidō quanto por peregrinos a caminho dos santuários de Ise e Atsuta. No centro da imagem está representada a Atsuta Minato Jōyatō (lanterna do porto de Atsuta), que foi originalmente erguida em 1625 para guiar embarcações durante a noite e posteriormente realocada para o ponto de parada de Miya em 1654.

Ao longo da estrada no ponto de parada de Narumi, a loja de Arimatsu Shibori alinha-se, com as pessoas observando os produtos à venda. Arimatsu Shibori é um técnico de tingimento originário da aldeia de Arimatsu, próxima ao ponto de parada de Narumi. No período Edo, era chamado de Narumi Shibori e tornou-se popular entre as mulheres da cidade de Edo.

O Santuário Chiry era considerado um dos “Três Grandes Santuários do Tōkaidō” durante o período Edo e era venerado pelos viajantes por sua suposta proteção contra mordidas de víboras. A detalhada representação das pessoas na imagem reflete o estilo de Hiroshige I, que enfatizava cenas cotidianas e repletas de um toque humano.