A cena retrata a paisagem de Horie, na atual cidade de Kanzanji, conhecida por sua beleza. À esquerda, pode-se ver o templo Kanzanji, fundado pelo monge Kōbō Daishi. Mais uma vez, uma figura segurando um guarda-chuva ocidental aparece na pintura.

A imagem retrata a vista da trilha nas montanhas da margem ocidental do lago Hamana, acessível pelo canal Horidome. Dois homens de trajes ocidentais observam a paisagem do alto da montanha, enquanto dois viajantes vestidos de forma tradicional sobem o caminho.

Através do canal Horidome, inaugurado em 1871, uma nova rota permitiu a passagem direta de Hamamatsu até Shinjo, na margem ocidental do lago Hamana, evitando Maisaka, Arai e Shirasuka. Essa nova via tornou-se uma importante rota de transporte.

A composição é semelhante à de Hiroshige I na série “Gyōsho Tōkaidō”. Uma das figuras que aprecia o pinheiro segura um guarda-chuva ocidental. O nome “Zazanza no Matsu” refere-se a um pinheiro próximo à costa, onde o xogum Ashikaga Yoshimasa teria realizado uma festa e cantado “O som de Hamamatsu é zazansa”.

Devido à sua correnteza forte, o rio Tenryū era conhecido como “Abaretenryū” (Tenryū furioso) e a travessia era feita por barco. Com o tempo, foi construída uma ponte sobre o rio. Tenryu River has been known with its rapid stream, therefore during the Edo period, people crossed the river using the ferry service. However, a bridge was constructed over the river in Meiji period.

O pico de Sayo no Nakayama, entre Kanaya e Nissaka, era conhecido como um dos trechos mais íngremes da estrada de Tōkaidō. A cena mostra viajantes reunidos em frente a uma casa de chá, observando a “Yonaki Ishi”, uma rocha ligada a uma lenda sobre o assassinato de uma grávida. Entre os viajantes vestidos de maneira tradicional, um homem vestindo roupas ocidentais sobe a ladeira, sugerindo a transição do período Edo para a nova Era Meiji.

A imagem retrata o Monte Fuji visto do alto da encosta de Kanaya, na margem direita (lado de Kyōto) do rio Ōigawa. Durante o Período Edo, a travessia do Ōigawa era feita a pé. No entanto, em 1870, foi concedida permissão para o uso de barcos. Na pintura, pode-se ver uma embarcação atravessando o rio. Os viajantes que percorrem a encosta de Kanaya ainda são representados com vestimentas do período Edo. Na parte superior da imagem, menciona-se que no Monte Awagatake (Monte Mugen), onde está localizado o Santuário Awawa, próximo ao ponto de parada de Kanaya, há uma lenda sobre o “Sino de Muken”.