A cena retrata a travessia de “Shichiri no watashi” ao longo do ponto de parada de Kuwana. O “torii” do lado direito do quadro é o principal torii do reino de Ise. Para as pessoas que vinham do leste da estrada de Tōkaidō, chegar a Kuwana através de “Shichiri no watashi” significava entrar no reino de Ise. Este torii é ainda hoje reconstruído a cada 20 anos durante o “Shikinen Sengu”, uma cerimônia religiosa realizada no Santuário de Ise. À direita do quadro e no fundo do torii, pode-se ver o castelo de Kuwana.

A cena retrata o porto de Atsuta. À direita do quadro pode-se ver o “Hama no torii” ou portal do Santuário Atsuta, enquanto ao fundo se estende a baía de Ise. Do ponto de parada de Miya até o de Kuwana, havia uma rota marítima única ao longo da estrada de Tōkaidō, conhecida como “Nanari no watashi”, equivalente a aproximadamente 7 ri (unidade de distância japonesa equivalente a 3,9 km por unidade).

No topo do quadro, pode-se ver a frase “produto famoso: arimatsu shibori”. O arimatsu shibori era produzido na vila de Arimatsu, ao leste do ponto de parada de Narumi, e era vendido nas lojas ao longo da estrada. Na frente das lojas, pode-se ver vários quimonos coloridos pendurados, atraindo a atenção dos viajantes.

A cena retrata um samurai montado em uma sela chamada “norikake”, no qual a carga é colocada em ambos os lados do cavalo e um futon é colocado em cima para sentar-se. Através das pernas do cavalo, pode-se ver uma estrada que se estende até o fundo e os viajantes, dando uma sensação de profundidade ao espaço.

A cena retrata ao fundo a ponte Yahagi sobre o rio de mesmo nome. Essa ponte era conhecida por ser uma das mais longas ao longo da estrada de Tōkaidō, com 208 kan (cerca de 374 metros). Embora seja difícil transmitir o tamanho impressionante da ponte Yahagi através do quadro, pode-se ver uma representação da vida cotidiana, com juncos crescendo em bancos de areia no rio, jangadas transportando madeira e mulheres lavando roupas no rio.

No quadro, pode-se ver escrito “kichin-yado” na porta deslizante de papel. Kichin-yado era uma pousada de baixo valor onde os hóspedes podiam cozinhar, pagando uma taxa pela lenha necessária para cozinhar. Elas eram muito utilizadas por peregrinos e viajantes com recursos financeiros limitados.

A cena retrata uma vista a partir da porta de uma pousada. Uma mulher, cliente da loja, está lavando os pés em um balde enquanto uma serva carrega as bagagens de um hóspede. Na frente da pousada, pode-se ver um massagista esperando. Provavelmente ele foi chamado para oferecer seus serviços.

A cena retrata o animado ponto de parada de Goyu. Como Goyu ficava a apenas dezesseis bairros (cerca de 1,7 km) de distância do ponto de parada seguinte, Akasaka, diz-se que existia uma competição intensa por hóspedes entre os dois pontos. No quadro, pode-se ver as atendentes das pousadas puxando insistentemente o braço e a bagagem dos viajantes.